Thursday, June 28, 2007

Retorno da Solidão...

Absorvo o mundo numa efémera e magnânima teleologia, que somente pode originar uma arché: impotente de se manifestar. Eterna, é a dor que me transtorna e vago é o instante em que detenho a minha alma. Antítese no meu real, és luz e sofrimento: mera incógnita ou fantasia. Adocicado, é o paladar do sonho que me alimenta e preenche a inocente veleidade, que cobardemente não resisti em ambicionar. Aferi-me pelo crivo do teu vital, apoiei-me apaixonadamente no vazio - contudo, não premeditei que tal bordão pudesse ruir. Na actual duvida em que me encontro, não posso deixar de objectar o meu pensamento, a rivalidade inconstante que me tende aproximar (ou, afastar) de um fim: que se inicialmente era necessário, agora é inconscientemente desejado. Cedendo, não resisto, a uma força estática que me atrai, arrastando-me para o palco onde se trava, o sangrento duelo de uma conjectura de sentimentos e emoções destrutivas - esgotado e sem forças, tenho que me render. Destinado a acepções que transcritas, nada mais são que meras palavras, vislumbro o fim - morbida melodia nas pautas de um trisite e agonizante solfejo. Choro que louva um intelectual poema no irreal. Almas que cadavericamente coenvolveram-se numa destemida luta replecta de dinâmica, onde se demarca o foço que desumanamente as pode consumir. Podres e infectos nos tornamos, na sombra da solidão, contaminados osmoticamente - dissipando-se assim o animus do nosso débil ser. Nutro um forçado respeito pela morte, isto é, a chave da minha felicidade. Só preciso de morrer...

4 comments:

dianaif said...
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Anonymous said...

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

Anonymous said...

Nao te rendas perante a ilusão do que pensas ser felicidade para ti.
Ha sempre um bocado mais de força, um bocado mais de folgo.
Não sejas inconsciente ao ponto de desperdiçar esta restia de 'alma viva' que tens em ti.
Ate mesmo que morras para o mundo, não morras antes para ti. Morre para esse desejo que agora apenas queres saciar mas que uma vez consumido se apodera de ti nao te deixando voltar atras.

A magoa alimenta.se da racionalidade tal como acontece com o 'amor' cego, mas as consequencias de agirmos perante amor e perante a magoa não sao bem as mesmas.. Fazemos parvoices por amor mas nada ao ponto de nos aniquilarmos porque so o facto de puder sentir e presenciar a felicidade da outra pessoa é parte do nosso alimento para a vida. Com a magoa ha revolta, ha sentimento de 'injustiça' mesmo que seja justa, e as consequencias dos nossos actos sao devastadores.

Limpa o pensamento. Nao digo que aniquiles a tua alma, unica e apenas tua, mas que a faças ver que ha coisas boas pois se nao as houvesse, nao haveria tambem o sofrimento.
E se agora sofres, é porque outrora respiras.te felicidade.
Digo.te, felicidade é momentanea, nao e algo 'uno' que uma vez perdida, perdida para sempre..
É algo que sentiste ontem, podes nao sentir hoje, mas sentiras num amanha proximo.

Respira o ar que maravilhosamente te enche os pulmoes ao ponto de estares aqui para escrever 'palavras' que mais ninguem escreve como tu.

*

dianaif said...
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