Thursday, June 28, 2007

Retorno da Solidão...

Absorvo o mundo numa efémera e magnânima teleologia, que somente pode originar uma arché: impotente de se manifestar. Eterna, é a dor que me transtorna e vago é o instante em que detenho a minha alma. Antítese no meu real, és luz e sofrimento: mera incógnita ou fantasia. Adocicado, é o paladar do sonho que me alimenta e preenche a inocente veleidade, que cobardemente não resisti em ambicionar. Aferi-me pelo crivo do teu vital, apoiei-me apaixonadamente no vazio - contudo, não premeditei que tal bordão pudesse ruir. Na actual duvida em que me encontro, não posso deixar de objectar o meu pensamento, a rivalidade inconstante que me tende aproximar (ou, afastar) de um fim: que se inicialmente era necessário, agora é inconscientemente desejado. Cedendo, não resisto, a uma força estática que me atrai, arrastando-me para o palco onde se trava, o sangrento duelo de uma conjectura de sentimentos e emoções destrutivas - esgotado e sem forças, tenho que me render. Destinado a acepções que transcritas, nada mais são que meras palavras, vislumbro o fim - morbida melodia nas pautas de um trisite e agonizante solfejo. Choro que louva um intelectual poema no irreal. Almas que cadavericamente coenvolveram-se numa destemida luta replecta de dinâmica, onde se demarca o foço que desumanamente as pode consumir. Podres e infectos nos tornamos, na sombra da solidão, contaminados osmoticamente - dissipando-se assim o animus do nosso débil ser. Nutro um forçado respeito pela morte, isto é, a chave da minha felicidade. Só preciso de morrer...

Monday, June 18, 2007

Amar com palavras...

Com medo me perco no vasto sentimento que sinto por ti - meu doce pensamento. Sensação, que com palavras conjugo numa mera utupia - mundo que não és do meu universo, cosmos do meu real. Vislumbrando a dor na sombra do meu sofrer, uma luz me encadeou. Não foi preciso uma constelação, uma estrela incandescente se revelou - que és tu. Instensidade flamejante, no frio vazio, acalentas o meu caração. O obscuro destino, apoderou-se de um corpo cançado de sofrer. Somente pedaço de carne, fui quando corroído, rastejei pela tristeza, seco e sem sentimentos, cadáver e prisioneiro, esgotado gotejei meu sangue pela face, nas lágrimas cobardes e decadententes ao chorar. Ingénua foi a questão que me inquietou - será que posso eu amar? posso ser eu, um ser humano? A dor cedeu, mas não se diluiu; algo de diferente, encanta o meu infernal pensamento no agora. Um anjo atreveu-se aparecer no desconhecido. Sem palavras o descrevo, meus olhos por breves lascas, tem o prazer de o apreciar - claro e desejavel, sem contudo lhe poder tocar. A sombra ainda me abriga. E tu minha estrela me iluminas. O sonho de uma conjectura utopica, cede sem pedir - meu coração palpita; Encandeado, estou com a chama de um reviver. Peço um amanhã. Levito das trevas sem contudo me libertar, a morbida alegria me tende a desamarrar. Adoro-te Diana, és uma estrela: és a minha Luz... Gosto muito de ti!

Friday, June 15, 2007

Dialética do prazer

Por cada momento na experiência da contiguidade mundanal, instantes há, que nem da propria esfera vital se pode dispor - ápices que divergem do perpetuo sofrer. Submetidos somos a um nada no dominio do infernal, mediante um eco ensurdecedor, que é: o apelo da morte. Há decadente possibilidade de um enfermo sobreviver, emerge um correlativo comportamento que inflama toda a dinâmica do nosso ser. Um doloroso choro agonizante, oculta o "belo" espectaculo em que se desenrola a vida. Um amanha visto pelo hoje, reservado fica, unicamente aqueles que foram privilegiados com o que para outros se cristaliza: numa mera utupia. A honra de perpetuar e louvar o animus vivendi, amparou-os para serem felizes. Consagra-se o prazer do real. Brutalmente coartado, é a quem encarcerado na obscura beleza do infernal, prova o amargo fruto colhido nas ensanguentadas entranhas da solidão, em que a vida brindou ao saborear. O arduo facto a mim me escolheu. Imune me encontro, á conquista do momento em que a aludida veleidade que me enlouquece: aclame triunfo - imploro misericórdia. Que a morte me acolha e deseje - respeito-te, és a porta do meu ambicionado mundo. Templo em que o sofrer e a paz, concebem uma dialéctica em que a resposta: é o dominio dos sentimentos - ser feliz é o meu desejo desconhecido.

Thursday, June 14, 2007

O fim do amanhã

(Em homenagem á Diana_ss) O estatico do mundo, não se compactua com a dinâmica da ousadia do viver - o mundo gira. A felicidade inocente por muitos é uma realidade; enquanto para outros o sofrer experienciado é a amargura incessante! O amanhã é assustador: quando a vida é o reflexo da dor, deixando o tempo de existir - reduzimos somos a um nada! O amanhã não é um dogma - a verdade do amanhã pode somente ser o aprofundar do sofrimento inacabado de hoje...

Tuesday, June 12, 2007

Um leve olhar do fim...

A dor que se apodera do meu espírito e que preenche a minha alma, envolvida por um ardor incessante, sem que possa evitar o cair de uma lagrima - o sal do sofrimento. Com a esperança que termine e encontre o descanço ambicionado. Em que a irrepetibilidade de tais torturas, será a verdadeira constante. O fim ou inicio da felicidade? O triunfo da ultima força? - o vislumbrar do prazer desmedido é certo; a vingança do sofrimento em detrimento do ultrapassar da cobardia ou falta de coragem, que sustentam a nossa presença neste pesadelo do real - o terminus perpetuo, é o sonho alcançado. A alegria incontestável é a vitoria sobre tudo o que nada mais foi senão uma amarga estadia do vital, compensada pelo raiar da luz da morbida alegria - o gozo de uma paz perpetua, em que somente restará um corpo - algo físico, depositado num mundo que nada mais é senão o eco da solidão...

Monday, June 11, 2007

Uma questão de romantismo

( Em comentário ao thomás a quem vai o meu obrigado por interpretar o que o estou a sentir ) Ao contrário do que pensas, não posso nutrir ideias, nem ideais românticos, ou mesmo conjecturar uma visão passível de conhecer o prazer... As minhas "palavras vagas" como as caracterizas, são a forma de exprimir o "mundo dos homens" ( segundo dizes ). Sendo esta a minha particular forma de gritar a "dor sem razão" como a classificaste friamente - e que da minha dor porventura és conhecedor. Summe rigore a minha vida é vaga: nada que não dissera por diversas vezes - uma existência nula como a caracterizo. Associas minha dor á superficie do meu ser? Talvez porque já não tenho alma, mas aí como posso ser ainda um ser? Posso tão somente não passar de um corpo, algo a vaguear para uma "fuga dos fracos", como denominas inconscientemente aqueles que sofrem. Mas sim sou um fraco, por encarar o mundo, e não o poder ultrapassar - também nunca escondi tal fragilidade ! A minha realidade prende-se com o fim e a "luz brilhante" será o alcançar da felicidade ambicionada quando esta existência termine...

Misericordia Final

Preciso de fugir, desamarrar-me de tudo o que se apodera do meu ser, e que bloqueia a minha assunção de morte: sem rumo e sem destino cansado estou de sofrer. Percorrendo o calvário em que a solidão me acompanha e o ódio e a tristeza me perseguem, sem forças rastejo pelo caminho que me conduz ao fim. A razão ja se perdera e o mortal me espera. O cessar é o futuro e a dor o presente. Sem pensamento desespero; no escuro grito sem voz - sofrendo incessantemente; dias que não são contados, intermináveis num calendário que parece voar - perdido estou no sofrimento que se apoderou de mim; sofrer custa, e eu não queria, arruinado me encontro - numa vivência já á muito tempo me rejeitara, por isso peço misericordia. Que a cobardia se ausente por breves instantes, que eu, aí cuidarei do meu fim!

Sunday, June 10, 2007

Abismo Infernal

À beira do abismo contemplo a dor ultima que me resta. Desiderato final da minha alma, a derradeira passagem, deste espaço, que nada me transmitiu a não ser odio, repulsa, dor e acima de tudo tristeza. Sentimentos que intensamente agora absorvo. Sem traço me demarco naquilo que não é demarvel - a sobrevivencia final - sem rumo me perco no NADA! Num frustrado sobreviver, em que as forças já nem existem - amarrado estou eu pela cobardia! Não me compatibilizando com a comunidade que em tempos me tentara conjugar - tentativa em vão; Arrastando-me agora por esta dor : que não deixa marcas, mas marca; que não é fisica, é psicologica; não é temporária, é PERMANENTE! Estando certo, que somente a Morte a pode cessar...

Monday, June 4, 2007

O repudio de um viver

Na loucura da imensidão da tristeza que me assola, não posso harmonizar com palavras brandas o sentimento depressivo que me lavra a alma; não podendo afastar tal repudio que tenho do viver, impulso vital e dor incessante - a minha vida; não me dissociando deste medo, que me persegue, distanciando de tudo o que me perturba. Arduamente tenho que desgastar as poucas forças que me restam ate ao momento ultimo, em que esta contra-força: a cobardia, se afaste ou isole - e, possa ser eu, eu a prosseguir aquilo de que preciso - de morrer; o terminus - o cessar, o romper, o alcançar da paz que anseio. Estou só e sem rumo, não posso resistir a este mundo que não se compatibiliza com tais coordenadas. Sabendo á partida qual a solução, contudo desconhecendo como a alcançar o seu fim...

Sunday, June 3, 2007

Uma breve abordagem da solidão...

( Em resposta ao comentário da Diafana- Diana_SS, para quem deixo o meu obrigado) Sofrer, doi! doi muito... Custa não ter ninguem, um alguem com quem contar. Fazer esta caminhada que é o viver só, é algo doloroso, que aperta o peito, e obriga a pensar, e a unica conclusão: é que a solução é o FIM. Para muitos a vida é intensa e cheia de felicidade. Viver distingue-se da vida (um bem segundo se diz). O Vital é o propolsor da vida - e vida presupõe felicidade, mas não é condicionante desta - e eu não sou feliz, antes pelo contrario. Gostava de o ser, como o mencionei anteriormente, invejo a felicidade alheia, gostava simplesmente de a sentir; Todavia sei que é algo inacessivel e do qual não posso ambicionar - seria uma ousadia frustrada. Aludindo de particular modo o meu discurso ao que me propus incialmente fazer : o tema da solidao! A solidao é uma dor na alma, que em nada se prende com a convivencia, isto é, a contiguidade de um espaço com outros.Distingue-se do processo de socialização; quando ninguem quer conviver o sofrimento é solitário; contudo sendo melhor que enfrentar directa e friamente a rejeição. E a minha vida não tem sentido, devo simplesmente conjecturar a solução do fim - o terminus final - mas não o posso alcançar, pois não passo de um cobarde, que nem coragem para isso tem!

Saturday, June 2, 2007

Simplesmente, Obrigado

isa_jfs recebi e li o teu comment, nem sabes como foi bom sentir que há alguem que compreende a minha angustia. A impotencia de por um fim, aquilo que não passa de uma vivencia nula sem nada para dar a não ser tristeza. Obrigado por me fazeres ver que não estou sozinho nesta caminhada, que é indeterminada e que se prevê longa - que é por um fim! E como já mencionei o fim era a inicio de uma felicidade em ultima analise.

Não sei onde estou!

Não sei onde estou, sinto-me perdido, num mundo, numa dimensão que não é a minha, aquilo que se diz ser a minha familia, aqueles que com deveria contar, nem com esses, nao tenho ninguem, estou triste, amargorado, sem esperanças de que alguma coisa mude - ou menos uma deveria mudar - a cobardia, para que assimpode-se-me suicidar e acabar com esta vida que nao existe e que tanto me faz sofrer. Este estado depressivo em que me encontro, custa tanto. Ter de passar por isto, só queria ser feliz, mas que isso é impossivel. De entre inumeros sentimentos negativos, emerge uma vontade, a de ser feliz - isto é, a felicidade em ultima análise.